O Que Significa Vape?

O que significa o vape?

Existem diversos tipos de cigarros eletrônicos em uso, também conhecidos como Sistemas Eletrônicos de Administração de Nicotina (ENDS em inglês) ou Sistemas Eletrônicos sem Nicotina (ENNDS em inglês). Em ambos os casos, o usuário inala aerossóis gerados pelo aquecimento de um líquido que pode conter ou não nicotina, além de aditivos, sabores e produtos químicos tóxicos à saúde.

Cigarros eletrônicos são perigosos?

Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vape, vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido), possuem quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, tornando suas emissões prejudiciais tanto para quem faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis. Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem, na verdade, apresentar essa substância em sua composição, e suas emissões são nocivas.

A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental. As evidências apontam também que os jovens que usam cigarros eletrônicos têm duas vezes mais chances de tornarem-se fumantes na vida adulta.

Embora seja muito cedo para fornecer uma resposta clara sobre o impacto a longo prazo desses dispositivos, alguns estudos recentes sugerem que o uso de vapes pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina em mulheres grávidas pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral do feto.

O uso de cigarros eletrônicos também pode expor não-fumantes à nicotina e outros químicos nocivos. Esses dispositivos podem causar lesões físicas, incluindo queimaduras por explosões ou mau funcionamento, quando os produtos apresentam falhas ou são adulterados pelos usuários. A exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as crianças podem engolir o líquido ou as cápsulas.

Os cigarros eletrônicos causam lesões pulmonares?

Recentemente, vapes foram associados a um surto de lesões pulmonares nos Estados Unidos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) descreve isso como lesão pulmonar associada a cigarros eletrônicos ou vaping (EVALI), o que levou o CDC a iniciar uma investigação de emergência em 17 de setembro de 2019.

O CDC indicou: “A partir de 18 de fevereiro de 2020, houve um total de 2.807 casos de EVALI relatados em todos os 50 estados, no Distrito de Columbia, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens, incluindo 60 mortes confirmadas em 27 estados e no Distrito de Columbia”.

Embora não se tenha uma conclusão definitiva, acredita-se que o acetato de vitamina E (VEA), um aditivo comum no cigarro eletrônico que contém cannabis (ou THC), tenha desempenhado um papel significativo nesses casos de lesão pulmonar.

Mais informações sobre este incidente, incluindo uma forte ligação do surto de EVALI ao acetato de vitamina E no último relatório, estão disponíveis em: h”.

O que pode causar o vape?

O uso cada vez mais frequente do cigarro eletrônico, principalmente entre os jovens – que curiosamente não se intitulam fumantes –, é motivo de preocupação tanto para os pais quanto para os órgãos de saúde. Afinal, esses dispositivos (também chamados de “vapes”) levam nicotina e substâncias tóxicas aos pulmões, além de promover danos e complicações ao sistema respiratório e cardiovascular.

Outro fator muito sério quanto ao risco do uso do cigarro eletrônico é que esse se tornou um dispositivo de fácil acesso aos adolescentes, que ainda estão com o sistema nervoso em desenvolvimento. Assim, a nicotina e as substâncias ali presentes têm potencial de desencadear anormalidades no desenvolvimento cerebral.

Um dos argumentos comerciais para impulsionar as vendas do cigarro eletrônico é que seria um recurso para aqueles que desejam parar de fumar, mas que têm dificuldades de interromper o vício abruptamente. Porém, não é o que se tem notado na prática, pois alguns dos aditivos aromatizantes contém pirazina, uma substância que reduz os efeitos irritativos desagradáveis da tragada, dificultando ainda mais a cessação do tabagismo.

Além disso, os vapes são considerados uma “porta de entrada” para o vício do tabagismo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o uso desse dispositivo aumenta em três a quatro vezes a probabilidade de experimentar e usar o cigarro convencional. Ou seja, a realidade é justamente o oposto do que foi proposto.

O sabor adocicado do cigarro eletrônico engana muitas pessoas, que chegam a pensar que se trata de um hábito menos danoso do que o cigarro convencional. Mas, isso não é verdade! Aqueles que usam vapes estão mais predispostos a desenvolver diversos tipos de câncer (principalmente de pulmão, esôfago, estômago e bexiga), doenças pulmonares como o enfisema e doenças cardiovasculares.

Além disso, por suas partículas serem mais finas do que os cigarros manufaturados, elas podem alcançar estruturas mais profundas dos pulmões, como os alvéolos, e cair na circulação sistêmica, aumentando assim o risco de doenças cardiovasculares e óbito.

Já o uso do cigarro eletrônico por muitos anos predispõe o paciente a desenvolver enfisema pulmonar, uma doença degenerativa crônica que causa dificuldade respiratória e uma sensação de falta de ar que vai se tornando constante conforme a doença progride.

Devido a tantas consequências negativas que o cigarro eletrônico pode causar ao usuário, em 2019 foi dado um nome para a doença causada por esse hábito: Evali (Doença Pulmonar Associada ao Uso de Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping). Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumonia e Tisiologia (SBPT), a Evali pode causar fibrose pulmonar, pneumonia e insuficiência respiratória.

Nos EUA, de 2019 a 2020, houve registro de 2.741 pacientes hospitalizados por Evali, com 68 mortes confirmadas. O tempo médio de uso do vape nesses pacientes foi de 12 meses e a faixa etária média era de 24 anos. Portanto, é fundamental ficar atento aos sintomas respiratório.

Porque o nome vape?

Marcos do Amaral Jorge

Em 2019, a sétima edição do relatório da Organização Mundial da Saúde sobre a Epidemia Mundial do Tabaco destacou Brasil e Turquia como os únicos países a alcançarem sucesso nas ações que implementaram para combater o tabagismo, uma doença crônica causada pela dependência do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.

Iniciativas como:

  • criação de espaços livres da fumaça do cigarro
  • restrição da publicidade
  • oferta de tratamentos para largar o cigarro por meio do sistema público de saúde

resultaram em uma queda no número de fumantes da ordem de 40%. Na comparação com o ano de 2006, o total de fumantes do país passou de 15,7% para 9,3% da população, segundo dados do Ministério da Saúde.

Porém, os dados positivos e os elogios vindos da principal agência global para a saúde tratam de uma história que já se desenrolou. Quando analisam o futuro, os especialistas no combate ao fumo alertam para o surgimento de novas formas do consumo da nicotina. Nelas, o cigarro convencional e a fumaça saem de cena e dão lugar a dispositivos eletrônicos de design atraente, discretos e com alto apelo entre os jovens. Não à toa, em 2021, na oitava edição do mesmo relatório, a OMS abordou pela primeira vez os dispositivos eletrônicos de fumar, ou DEFs, e apontaram falhas na abordagem e na regulamentação desses dispositivos pelos diversos países.

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O termo DEFs é um nome técnico para designar uma gama de produtos comumente conhecidos como vaporizadores, ou simplesmente vapes. Embora existam algumas diferenças entre eles, seu funcionamento em geral envolve a liberação de um aerossol a partir do aquecimento de um líquido que contém nicotina, solventes, aromatizantes e outras substâncias químicas. Dessa forma, substitui-se a fumaça pelo que os usuários chamam de vapor. Daí o nome vape.

A primeira versão do cigarro eletrônico foi criada pelo farmacêutico chinês Hon Lik, 20 anos atrás, como uma estratégia para auxiliar usuários do cigarro convencional a gradualmente abandonarem o vício. Ao longo dos anos, a ideia de que o usuário se beneficiaria da ausência das substâncias tóxicas produzidas pela queima do tabaco e seria capaz de abandonar o fumo usando doses controladas de nicotina caiu por terra. Conforme os pesquisadores passaram a investigar os dispositivos e suas consequências para a saúde humana. Ao mesmo tempo, o consumo de cigarros eletrônicos cresceu, se tornando um mercado de bilhões de dólares que tem jovens e novos consumidores no centro das suas campanhas de publicidade e ações comerciais.

No Brasil, proibidos mas populares

No Brasil, esses dispositivos têm sua comercialização, importação e propaganda proibidas pela Anvisa desde 2009. Posteriormente, o tema foi incluído para discussão na Agenda Regulatória 2021-2023, no intuito de avaliar os efeitos da medida e propor, caso necessário, outras mudanças. A agenda promoveu a realização de painéis de discussão, consultas dirigidas aos setores impactados pela regulação e audiências públicas.

Qual a diferença de vape é cigarro?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 70% dos usuários têm atualmente entre 15 e 24 anos.

Os cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como ‘pen drive’ ou ‘vape’, surgiram em 2003, promovendo uma falsa segurança para ajudar os fumantes a largarem o cigarro convencional. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70% dos usuários têm atualmente entre 15 e 24 anos. «Os adolescentes e jovens estão caindo no mesmo papo que a indústria do cigarro convencional utilizou para criar uma geração de fumantes. A ideia de ser saudável, de uma cultura de consumo, que também existiu antes», foi o que explicou a referência técnica do Programa Tabagismo da SES, Ivete Góis.

Mas apesar da proibição, não é difícil encontrá-los à venda. É extremamente importante que os usuários tenham conhecimentos sobre os riscos do uso do aparelho. «O uso de cigarros eletrônicos de nicotina aumenta o risco de uma série de resultados adversos à saúde, como toxicidade por inalação (como convulsões), vício e lesão pulmonar.

Substâncias contidas no cigarro eletrônico

A diferença entre cigarro eletrônico e o convencional é a constituição química. Os vapes supostamente contém concentrações menores de nicotina, que se encontra no estado líquido. Por outro lado, eles apresentam mais de 80 substâncias tóxicas que variam de acordo com o produto.

Tratamento gratuito pelo SUS

No âmbito do tratamento da dependência de nicotina, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) vem desenvolvendo junto aos coordenadores estaduais, inúmeras atividades, como a capacitação de profissionais para a abordagem mínima e intensiva ao fumante. A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, o acesso a abordagem cognitivo-comportamental, material de apoio e, quando houver indicação, tratamento medicamentoso com terapia de reposição de nicotina (TRN), pelos adesivos transdérmicos, e do tratamento não nicotínico com cloridrato de bupropiona.

Todo tratamento ofertado pelo PNCT está baseado em evidências científicas compiladas na abordagem e no tratamento do fumante.

Ciladas persistem – A melhor maneira de não se viciar no dispositivo é nunca cair na cilada de experimentar porque, de fato, o odor e o sabor não são desagradáveis como no caso do cigarro convencional. Uma armadilha e tanto principalmente para os mais jovens. Mesmo tentando passar a mensagem de algo inofensivo, lá está a nicotina. A substância libera adrenalina, que acelera o coração, aumenta o consumo de oxigênio e a pressão arterial e produz danos nas paredes das artérias, favorecendo infarto e morte súbita. Continua após a publicidade Além disso, os eletrônicos emitem mais nanopartículas que os cigarros convencionais.

Tais partículas ultrafinas são responsáveis por quadros de asma e por agravos ao sistema cardiovascular. Alguns modelos, inclusive, funcionam com o «sal de nicotina (pods)», que produz dependência mais rápida que o cigarro comum. Ao ser inalada, ela estimula a libera.

Qual a vantagem de fumar vape?

O vício do cigarro está vinculado à depressão por causa dos efeitos estimulantes da nicotina e dos sintomas da abstinência, mas usar o Vape pode ser uma opção menos nociva para a saúde.

[email protected] 21/03/2023 às 14:17.
Atualizado em 21/03/2023 às 14:17

Estudos mostram que a relação entre o hábito de fumar e a depressão é inegável, já que os fumantes são mais propensos a sofrer dessa condição do que aqueles que não fumam.

Especialistas indicam que isso pode ser devido ao efeito estimulante da nicotina, que pode aumentar a ansiedade e afetar o humor.

Além disso, os sintomas da abstinência, que incluem irritabilidade, ansiedade e insônia, podem agravar ainda mais a situação e contribuir para a depressão.

Porém, é importante lembrar que existem alternativas menos prejudiciais à saúde, como o uso do Vape. Quer saber mais sobre o assunto?

Não perca o nosso post onde apresentamos cinco benefícios que o Vape pode proporcionar para a saúde mental e dicas para garantir uma experiência ainda mais segura e agradável.

O Vape, ou cigarro eletrônico, tem ganhado popularidade como uma alternativa menos prejudicial ao cigarro convencional, mas seus benefícios vão além da saúde física.

Um dos principais benefícios é a redução do estresse, graças às substâncias presentes em suas fórmulas.

Diversos vapores contêm aromas que podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.

Entre os mais comuns estão a lavanda, a camomila e o eucalipto. Esses aromas possuem propriedades calmantes e relaxantes, que podem ser inaladas através do vapor produzido pelo cigarro eletrônico.

Além disso, a nicotina encontrada nos e-Cigs pode atuar como um sedativo que ajuda a relaxar e aliviar o estresse.

É necessário lembrar que a nicotina é uma substância viciante e pode gerar dependência. Portanto, o uso do Vape deve ser feito com cautela e, preferencialmente, sob supervisão médica.

O uso de Vape pode trazer benefícios para a concentração e produtividade.

Segundo especialistas da área, os vapores com determinados sabores são capazes de auxiliar a estimulação dos sentidos, gerando um estado mental mais relaxado e de concentração.

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Isso pode ajudar a manter o foco por mais tempo e aumentar a produtividade.

Além disso, o uso de Vape pode ajudar a reduzir o vício em nicotina e outras substâncias, permitindo que o usuário permaneça focado em suas tarefas e atividades por mais tempo.

É importante não esquecer que a nicotina também é extremamente viciante e pode acarretar dependência, sendo assim, o uso do Vape deve ser feito com cautela e com a devida consulta a um profissional da saúde.

De acordo com especialistas, os benefícios do Vaping não se limitam à melhora do foco e da sensação de paz, mas também podem incluir a redução da ansiedade.

O uso do cigarro eletrônico pode ser uma alternativa eficaz para deixar o vício e, consequentemente, diminuir a ansiedade, depressão e tensão associadas ao consumo.

Além disso, muitos Vapers relatam uma melhora em seu estado de humor e bem-estar geral após adot.”

Por que o vape é pior que cigarro?

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Estima-se que um em cada cinco brasileiros entre 18 e 24 anos já tenha fumado cigarro eletrônico pelo menos uma vez. Ainda que esses dispositivos não sejam regulamentados para venda no país, sabemos que as pessoas têm acesso fácil em lojas ou pela internet.

De olho nisso, desenvolvemos um estudo para entender melhor o impacto do uso de vapes no organismo dos usuários. A pesquisa, intitulada Estratégias de Tratamento da Dependência à Nicotina em Usuários de Cigarro Eletrônico – Uma Série de Casos, comprova o que a maioria dos especialistas já sabia: adeptos de cigarro eletrônico apresentaram índices de nicotina no organismo equivalentes aos de fumantes de mais de 20 cigarros convencionais por dia.

A conclusão veio à tona após a realização de exames de urina, que detectaram concentração de nicotina metabolizada em medidas acima de 600 ng/ml. A pesquisa, realizada entre maio e dezembro de 2022, incluiu pessoas com idade entre 14 e 49 anos, homens na maioria, que procuraram tratamento de dependência à nicotina no Programa Ambulatorial de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor).

Os dados deste serviço são utilizados pelo Programa de Assistência ao Fumante (PAF), um sistema consolidado de informações médicas utilizado no combate à dependência. Quase a totalidade dos participantes buscaram o serviço por concluírem que estavam viciados no dispositivo e que não conseguiriam parar o consumo por conta própria.

Os achados sobre os níveis de monóxido de carbono no organismo dos voluntários foram de 2 ppm (partículas por milhão), o que evidencia o não uso do cigarro convencional, deixando claro que a nicotina encontrada na urina dos pesquisados só poderia derivar do eletrônico. Identificamos, assim, que a intoxicação por nicotina é tão alta (ou até pior) que pelo cigarro tradicional.

O estudo será apresentado em primeira mão no 43º Congresso da Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

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O cigarro eletrônico ou vape, como também é chamado, é defendido como mais seguro para a saúde e, sobretudo na população jovem, o risco de dependência é ignorado. Além disso, os fumantes de cigarro comum que migram para o eletrônico acreditam no bônus da substituição. Mas isso não é verdade. Os vapes podem viciar em menos tempo.

Embora a comercialização no país seja proibida, o número de usuários de cigarro eletrônico continua crescendo. Há desde adolescentes descobrindo o tabaco por meio desses dispositivos até pessoas tentando se livrar da compulsão através deles.

Os estudos comprovam, contudo, que os mesmos métodos já testados e aprovados para extinguir o vício pelo cigarro convencional também são efetivos para controlar o ímpeto pelo vape. As pesquisas foram feitas com adesivo e pastilha de nicotina, bupropiona e/ou vareniclina, além de inibidores seletivos da recaptação de serotonina e antidepressivos duais (se constatado transtorno depressivo ou de ansiedade generalizada as).

É melhor fumar vape ou cigarro?

Por não conterem tabaco, cigarros eletrônicos e outros métodos de vaping alardeiam ser alternativas saudáveis de se fumar. Veja o que é verdade nesta história.

O último 31 de maio foi o Dia Mundial sem Tabaco, data que contou com campanhas e eventos em todo o planeta. Normalmente, aproveita-se o dia para relembrar os diversos malefícios que o cigarro traz para a saúde – mas, em 2023, vale a pena explorar um assunto correlacionado, de altíssima relevância: as supostas ‘alternativas mais saudáveis’ para o consumo dos cigarros tradicionais, isto é, os cigarros eletrônicos e o vaping.

A popularidade destes produtos tem crescido muito nos últimos anos, em especial entre o público mais jovem. Campanhas de marketing agressivas afirmam que o vaping é seguro e ‘mais saudável’ que o cigarro comum, sendo até indicados para quem pretende parar de fumar. Mas afinal, ao retirar o tabaco da composição, os cigarros eletrônicos são alternativas realmente seguras? Vários casos recentes têm mostrado que a história não é bem essa…detalhamos a seguir.

Quase todo mundo está bem informado sobre os malefícios dos cigarros tradicionais. Pesquisas realizadas no mundo inteiro indicam que cerca de 70% dos fumantes deseja parar com o hábito. Afinal, o cigarro afeta negativamente quase todos os órgãos e sistemas do organismo, inclusive o coração – estima-se que quase 1/3 das mortes por doenças cardíacas seja resultado do fumo ativo ou passivo.

Talvez você tenha se deparado recentemente com uma notícia de um jovem que teve os ‘pulmões perfurados’ por causa de vaping. A terminologia muda um pouco de matéria para matéria – algumas falam em ‘pulmões colapsados’, outras em ‘pulmões necrosados’ –, porém o cerne do caso se mantém: um jovem de 22 anos, que utilizava cigarros eletrônicos em grande intensidade há 05, teve de ser operado emergencialmente por conta de danos gravíssimos aos pulmões, com consequências que serão sentidas ao longo de toda a vida.

O caso do jovem está longe de ser isolado e demonstra uma tendência preocupante: a de que usuários de cigarros eletrônicos, praticantes de vaping e técnicas similares, estão ficando cada vez mais doentes. Os casos de doenças crônicas relacionadas ao hábito aumentam em todo o mundo. Apenas nos Estados Unidos – país em que há um controle mais ou menos eficiente do número de casos médicos envolvendo vaping –, em 2020 foram notificados quase 3 mil casos de danos pulmonares relacionados à prática, assim como 68 mortes. O problema é que ninguém sabe exatamente em que patamar esses números irão parar.

‘Vaping’ é o termo genérico utilizado para a inalação de vapor ao invés de fumaça. O nome vem do inglês ‘vaporizer’. Existem vários equipamentos vaporizadores (que geram o vapor a ser inalado), sendo os cigarros eletrônicos alguns dos mais populares – tanto que, para muitos, o termo é quase sinônimo de uso de cigarros eletrônicos.

O ‘vaping’ e os cigarros eletrônicos ganharam enorme popularidade há cerca de 15 anos, como uma promessa de ‘fumo saudável’.

O que é pior vape ou cigarro?

Estima-se que um em cada cinco brasileiros entre 18 e 24 anos já tenha fumado cigarro eletrônico pelo menos uma vez. Ainda que esses dispositivos não sejam regulamentados para venda no país, sabemos que as pessoas têm acesso fácil em lojas ou pela internet.

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De olho nisso, desenvolvemos um estudo para entender melhor o impacto do uso de vapes no organismo dos usuários. A pesquisa, intitulada Estratégias de Tratamento da Dependência à Nicotina em Usuários de Cigarro Eletrônico – Uma Série de Casos, comprova o que a maioria dos especialistas já sabia: adeptos de cigarro eletrônico apresentaram índices de nicotina no organismo equivalentes aos de fumantes de mais de 20 cigarros convencionais por dia.

A conclusão veio à tona após a realização de exames de urina, que detectaram concentração de nicotina metabolizada em medidas acima de 600 ng/ml. A pesquisa, realizada entre maio e dezembro de 2022, incluiu pessoas com idade entre 14 e 49 anos, homens na maioria, que procuraram tratamento de dependência à nicotina no Programa Ambulatorial de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor).

Os dados deste serviço são utilizados pelo Programa de Assistência ao Fumante (PAF), um sistema consolidado de informações médicas utilizado no combate à dependência. Quase a totalidade dos participantes buscaram o serviço por concluírem que estavam viciados no dispositivo e que não conseguiriam parar o consumo por conta própria.

Os achados sobre os níveis de monóxido de carbono no organismo dos voluntários foram de 2 ppm (partículas por milhão), o que evidencia o não uso do cigarro convencional, deixando claro que a nicotina encontrada na urina dos pesquisados só poderia derivar do eletrônico. Identificamos, assim, que a intoxicação por nicotina é tão alta (ou até pior) que pelo cigarro tradicional.

O estudo será apresentado em primeira mão no 43º Congresso da Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

O cigarro eletrônico ou vape, como também é chamado, é defendido como mais seguro para a saúde e, sobretudo na população jovem, o risco de dependência é ignorado. Além disso, os fumantes de cigarro comum que migram para o eletrônico acreditam no bônus da substituição. Mas isso não é verdade. Os vapes podem viciar em menos tempo.

Embora a comercialização no país seja proibida, o número de usuários de cigarro eletrônico continua crescendo. Há desde adolescentes descobrindo o tabaco por meio desses dispositivos até pessoas tentando se livrar da compulsão através deles.

Os estudos comprovam, contudo, que os mesmos métodos já testados e aprovados para extinguir o vício pelo cigarro convencional também são efetivos para controlar o ímpeto pelo vape. As pesquisas foram feitas com adesivo e pastilha de nicotina, bupropiona e/ou vareniclina, além de inibidores seletivos da recaptação de serotonina e antidepressivos duais (se constatado transtorno depressivo ou de ansiedade generalizada as).

Quantos cigarros equivalem a um vape?

VAPE

Descubra se vape faz mal e quantos cigarros equivale um vape

Reportagem informativa:

É o fato ou acontecimento de interesse jornalístico. Pode ser uma informação nova ou recente. Também diz respeito a uma novidade de uma situação já conhecida.

Artigo opinativo:

Texto predominantemente opinativo. Expressa a visão do autor, mas não necessariamente a opinião do jornal. Pode ser escrito por jornalistas ou especialistas de áreas diversas.

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Reportagem que traz à tona fatos ou episódios desconhecidos, com forte teor de denúncia. Exige técnicas e recursos específicos.

Conteúdo editorial de compras:

Conteúdo editorial que oferece ao leitor ambiente de compras.

Análise de notícia:

É a interpretação da notícia, levando em consideração informações que vão além dos fatos narrados. Faz uso de dados, traz desdobramentos e projeções de cenário, assim como contextos passados.

Matéria institucional:

É a matéria institucional, que aborda assunto de interesse da empresa que patrocina a reportagem.

Verificação de fatos:

Conteúdo que faz a verificação da veracidade e da autenticidade de uma informação ou fato divulgado.

Reportagem aprofundada:

É a matéria que traz subsídios, dados históricos e informações relevantes para ajudar a entender um fato ou notícia. Reportagem de fôlego, que aborda, de forma aprofundada, vários aspectos e desdobramentos de um determinado assunto. Traz dados, estatísticas, contexto histórico, além de histórias de personagens que são afetados ou têm relação direta com o tema abordado.

Entrevista:

Abordagem sobre determinado assunto, em que o tema é apresentado em formato de perguntas e respostas. Outra forma de publicar a entrevista é por meio de tópicos, com a resposta do entrevistado reproduzida entre aspas.

Análise de produções artísticas:

Texto com análise detalhada e de caráter opinativo a respeito de produtos, serviços e produções artísticas, nas mais diversas áreas, como literatura, música, cinema e artes visuais.

O consumo do cigarro eletrônico, também conhecido como vape ou pod, foi identificado como ofensivo para os pulmões, o que levou ao entendimento que vape faz mal para saúde.

O vape é um dispositivo eletrônico composto por um líquido que pode ter diversas essências e sabores, concentrados ou não em nicotina, de forma que possa ser aquecido e inalado.

Por mais seja menos invasivo que o cigarro tradicional, já foram detectadas diversas consequências negativas do uso do vape para o corpo do ser humano, como a doença Evali.

Nesse contexto, o Ministério da Justiça e a Anvisa proibiram a comercialização do vape. Essa discussão chegou no Senado, pela primeira vez, em setembro de 2023.

A popularização do cigarro eletrônico entre os jovens foi uma das preocupações levadas em consideração para a proibição do vape no país.

O consumo frequente vape pode promover doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer no pulmão, segundo o Instituto Nacional de Cân.

Quais são os malefícios do vape?

O cigarro eletrônico – ou vape – surgiu como uma forma de abandonar o tradicional, na tentativa de diminuir o fumo aos poucos. Mas ele não é diferente dos demais produtos associados ao tabaco pois contém diversos malefícios e causa as mesmas doenças para o usuário. A venda, importação e publicidade dos dispositivos foram proibidas, desde 2022, no Brasil, mas continuam em alta entre jovens de 18 a 24 anos, preocupando as entidades da saúde.

Os usuários de vape ainda têm exposição à nicotina, muitas vezes sendo em níveis semelhantes ao do cigarro tradicional, o que significa que o objeto é altamente viciante. Já é comprovado que os dispositivos causam alterações graves na função respiratória e no pulmão, além do surgimento de uma nova doença, a Evali. Ela causa danos no parênquima pulmonar, podendo levar à morte por insuficiência respiratória grave – a Anvisa notificou sete casos da Evali no Brasil até 2020.

O uso de cigarro eletrônico pode levar a sintomas frequentes, como tosse, falta de ar e cansaço. Ainda não são conhecidas as consequências a longo prazo, por isso, o item é causa de preocupação entre órgãos e profissionais da saúde em todo o mundo.

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