Conteúdo
- 1 Quem tem asma pode beber e fumar?
- 2 O que não pode quem tem asma?
- 2.0.1 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 2.0.2 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 2.0.3 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 2.0.4 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 2.0.5 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 2.0.6 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 2.0.7 Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- 3 Quem tem asma pode usar cigarro eletrônico?
- 4 Quem tem falta de ar pode fumar?
- 5 O que acontece se fumar tendo asma?
- 6 O que é proibido para quem tem asma?
- 7 Qual a expectativa de vida de um asmático?
- 8 Como o narguilé afeta o sistema respiratório?
Quem tem asma pode beber e fumar?
1 – O que é asma?
Asma é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas. A asma causa os seguintes sintomas:
- falta de ar ou dificuldade para respirar
- sensação de aperto no peito ou peito pesado
- chio ou chiado no peito
- tosse
Esses sintomas variam durante o dia, podendo piorar à noite ou de madrugada e com as atividades físicas. Os sintomas também variam bastante ao longo do tempo. Às vezes desaparecendo sozinhos, mas a asma continua lá, uma vez que não tem cura.
2 – Qual o impacto e a realidade da asma no Brasil?
A asma é uma das doenças crônicas mais comuns que afeta tanto crianças quanto adultos, sendo um problema mundial de saúde e acometendo cerca de 300 milhões de pessoas. Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos. A asma é uma causa importante de faltas escolares e no trabalho.
Segundo o DATASUS, o banco de dados do Sistema Único de Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, ocorrem no Brasil, em média, 350.000 internações anualmente. A asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total), conforme o grupo etário considerado.
Felizmente, com a melhor compreensão da doença por parte dos portadores e a distribuição de medicamentos para os pacientes asmáticos graves, vem-se observando uma queda no número de internações e mortes por asma no Brasil. Em uma década, o número de internações por asma no Brasil caiu 49%. Apesar disso, disponibilização de tratamento adequado aos asmáticos ainda é restrita em muitos estados do país, sendo que um percentual muito grande da nossa população encontra-se não tratada por completo.
3 – A asma de todas as pessoas é igual?
A asma varia muito de pessoa para pessoa e num mesmo indivíduo. Tem épocas que pode ser muito leve e os sintomas desaparecerem e tem momentos em que pode piorar muito, necessitando atendimentos de emergência e até mesmo internação. As crises de asma também podem variar, umas sendo mais fortes do que as outras.
4 – Qual a causa da asma?
A causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que é causada por um conjunto de fatores: genéticos (história familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite) e ambientais.
5 – O que são gatilhos da asma?
São fatores que quando o asmático é exposto a eles podem piorar muito a asma ou fazer aparecer sintomas. Alguns gatilhos apenas pioram os sintomas, outros pioram também a inflamação dos brônquios. Os principais gatilhos da asma são:
- ÁCAROS – organismos microscópicos que se alimentam de descamação da pele humana, de pêlos de animais e também do mofo. Os ácaros habitam locais onde há acúmulo de poeira como: colchões e travesseiros, carpetes, bichos de pelúcia, estantes, papéis e até animais de pêlo. Os ácaros e seus excrementos pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.
- FUNGOS – micro-organismos que crescem a uma temperatura acima de 37ºC e umidade acima de 50%. Estes são encontrados no fim do verão.
O que não pode quem tem asma?
O consumo da dieta mediterrânea, composta por verduras, legumes e frutas frescas, grãos integrais, peixes e azeite de oliva, além de proporcionar uma vida saudável, pode ajudar no controle da asma. Isso acontece porque esses alimentos são ricos em antioxidantes, substâncias capazes de proteger as células contra os efeitos dos radicais livres – moléculas tóxicas produzidas pelo organismo, que podem causar inflamações e doenças.
A asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, que se desenvolve de forma leve, moderada ou grave e geralmente é controlada com broncodilatadores. Os sintomas vão desde tosse seca, chiado no peito, respiração rápida e curta, até dor no peito e dificuldade para respirar. Evidências científicas mostram que, para evitar o agravamento do padrão inflamatório da doença, ter uma alimentação equilibrada e, de preferência, rica em alimentos frescos e antioxidantes, pode fazer toda diferença. Por esse motivo, as Diretrizes da Iniciativa Global para Asma (GINA, na sigla em inglês) já incluem entre suas recomendações a prática de uma dieta saudável para a prevenção primária da doença.
No Dia Mundial de Controle da Asma, comemorado em 21 de junho, a nutricionista Flavia Montanari, especialista em nutrição materno infantil, e o nutrólogo Vinicius Aguilera, responsável técnico pela clínica Aguilera de Nutrição, indicam alimentos que devem ser incluídos na dieta ou evitados por aqueles que convivem com a doença.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Salmão e demais peixes
- Azeite de oliva
- Sementes e oleaginosas (castanhas, amêndoas, linhaça moída ou em grão)
- Ovo
Benefícios: O ômega 3 inibe a produção de prostaglandinas, substâncias responsáveis pelo estreitamento dos brônquios e que causam a sensação de falta de ar.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Couve
- Espinafre
- Agrião
- Rúcula
Benefícios: São ricas em magnésio, que promove o relaxamento muscular, facilitando a respiração.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Castanhas
- Amêndoas
- Linhaça
Benefícios: Além de serem ricas em ômega 3, também contêm selênio (sobretudo a castanha de caju), que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Tomate
- Mamão
- Pitanga
- Repolho roxo
Benefícios: O licopeno é um antioxidante, reforça o sistema imunológico. Tê-lo na dieta ajuda a minimizar a inflamação nos pulmões e evitar o chiado no peito.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Frutas cítricas, como laranja, acerola e kiwi
- Couve
Benefícios: A vitamina C controla a liberação de histamina, que causa o processo inflamatório da asma.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Ovos
- Talos de verduras
- Legumes amarelos e vermelhos, como cenoura e pimentões
Benefícios: Alimentos que contêm vitamina A são considerados anti-inflamatórios, reforçam o sistema imunológico e evitam a piora de processos inflamatórios. Em pessoas com asma, também podem ajudar a minimizar o chiado no peito.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta:
- Gema de ovo
- Fígado
- Salmão
- Cogumelos (não os in conserva)
Benefícios: Alimentos que contêm vitamina D também são antioxidantes, ajudam a reforçar a imunidade e evitar chiado no peito e falta de ar.
Comidas fritas, gordurosas e industrializadas tendem a au.
Quem tem asma pode usar cigarro eletrônico?
Risco de exacerbação de asma em adolescentes usuários de dispositivos eletrônicos de liberação de nicotina: uma revisão sistemática e metanálise
Risk of asthma exacerbation in adolescent users of electronic nicotine delivery systems: a systematic review and meta-analysis
Anne Karoline Cardozo da Rocha1; Andresa Emy Miyawaki1; Marina Alves Trombini1; Victória Augusta Cavassim Costa Rosa1; Raul Cesar Santos Prestes1; Thamires Bezerra Costa1; Herberto José Chong-Neto2; Marilyn Urrutia-Pereira3; Dirceu Solé4; Nelson Augusto Rosário-Filho2; Miguel Morita Fernandes-Silva1; Débora Carla Chong-Silva2
1. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curso de Medicina – Curitiba, PR, Brasil
2. Universidade Federal do Paraná, Serviço de Alergia, Imunologia e Pneumologia Pediátrica – Curitiba, PR, Brasil
3. Universidade Federal do Pampa, Curso de Medicina – Uruguaiana, RS, Brasil
4. Universidade Federal de São Paulo, Serviço de Alergia, Imunologia e Reumatologia, Departamento de Pediatria – São Paulo, SP, Brasil
Este trabalho tem como objetivo investigar a associação entre o uso dos cigarros eletrônicos e doenças pulmonares em adolescentes. Foi realizada uma revisão sistemática na base de dados PubMed. Os termos Mesh incluídos na busca foram “Electronic Nicotine Delivery Systems” e “Lung Diseases” e sinônimos no título e abstract, com o filtro de idade “child: birth – 18 years”, para buscar artigos relacionados ao uso de cigarros eletrônicos e doenças pulmonares em adolescentes. Os critérios de elegibilidade consistiram em: usuários adolescentes, exposição ao cigarro eletrônico e doença pulmonar como desfecho. Os artigos foram selecionados por uma revisão pareada de maneira independente, primeiramente com a leitura dos títulos e resumos, seguida da leitura integral dos artigos selecionados, os quais foram analisados pela ferramenta New Castle-Ottawa quanto sua qualidade, e receberam entre 5 e 7 estrelas. Os dados encontrados foram extraídos para a realização da metanálise. Inicialmente foram encontrados 61 artigos, sendo seis considerados elegíveis, todos transversais e com aplicação de questionários. Na metanálise foi encontrada uma associação significativa entre o uso de cigarro eletrônico e exacerbação de asma (OR ajustado 1,44; IC 95% 1,17-1,76). Não foram encontrados estudos que avaliassem a associação do cigarro eletrônico e outras doenças pulmonares, incluindo EVALI (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury), em adolescentes. Na metanálise foi encontrada uma associação significativa entre exacerbações de asma e uso de cigarros eletrônicos em adolescentes com asma crônica e nos previamente hígidos.
Descritores: Asma, adolescente, sistemas eletrônicos de liberação de nicotina, pneumopatias.
Introdução
Popularmente conhecidos como “cigarros eletrônicos” (e-cigs) ou sistema eletrônico de entrega de nicotina (ENDS), os dispositivos eletrônicos de liberação de nicotina vêm.
Quem tem falta de ar pode fumar?
Descrição: O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão devido ao cigarro e outras toxinas no ar.
Causa: Fumar cigarro é a causa principal. Acredita-se também que a exposição à poluição atmosférica e inalação de fumaça de cigarro e detritos no trabalho sejam fatores que contribuem para enfisema pulmonar.
Prevenção: Não fumar.
Sintomas: O principal sintoma de enfisema é a falta de fôlego ou a sensação de não estar inalando ar suficiente. A pessoa pode visitar o médico inicialmente porque sentiu falta de ar durante uma atividade, mas à medida que a doença progride esse sintoma pode ficar presente todo o tempo. Tosse, respiração difícil, e produção crônica de muco são outros sintomas comuns.
Tratamento: Há várias opções de tratamento que podem ajudar pacientes com enfisema, porém o passo mais importante é parar de fumar. Ao parar de fumar quando as obstruções de fluxo de ar ainda são leves ou moderadas retarda-se o desenvolvimento da falta de ar incapacitante. Porém, parar de fumar em qualquer ponto da doença é benéfico. Pessoas com enfisema pulmonar também devem evitar exposição a outros poluentes no ar. As opções de tratamento do enfisema pulmonar incluem:
- remédios broncodilatadores
- anti-inflamatórios corticosteróides
- terapia com oxigênio (suplemento de oxigênio complementar)
- cirurgia de redução dos pulmões
- transplante de pulmão (devido aos riscos é viável apenas para um pequeno grupo de pacientes)
- programa de exercícios físicos
O que acontece se fumar tendo asma?
Além de aumentar e agravar os sintomas, o tabagismo ainda dificulta o controle da doença.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios, estruturas que levam o ar para dentro dos pulmões, causada pela inflamação das vias aéreas. Pessoas que convivem com a condição normalmente apresentam falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto ou peso no peito, chiado e tosse.
Apesar de ter uma causa exata ainda desconhecida, é possível que a asma tenha como motivação um conjunto de fatores, como genéticos e ambientais. E é neste último que o cigarro surge não como causador, mas como agravante. De acordo com Sonia Maria Martins, que é Médica de Família e Comunidade, Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa Respiratória na Atenção Primária a Saúde (GEPRAPS) do Centro de Estudos em Saúde Coletiva (CESCO) do Centro Universitário da Faculdade de Medicina do ABC, o tabaco em si não provoca a asma, mas os asmáticos fumantes apresentam pior controle da doença, maior necessidade de atendimento médico e uso mais frequente de medicamentos.
Isso acontece porque o cigarro é considerado um dos principais gatilhos para a asma, ou seja: pode piorar e muito o problema ou despertar os sintomas. Segundo a SBPT, alguns gatilhos apenas pioram os sintomas, outros pioram também a inflamação dos brônquios. E o cigarro é capaz de fazer as duas coisas. Para se ter uma ideia do potencial de risco, uma pessoa asmática não precisa sequer fumar para sentir os efeitos do tabaco. Basta estar no mesmo ambiente que um ou mais fumantes.
De acordo com Sônia Martins, é possível sim dizer que o cigarro é ainda mais perigoso para pacientes que já apresentam quadros de asma. E o problema começa pela fumaça. Após a inalação e a chegada até a via aérea inferior, a médica explica que ocorre a liberação de substâncias responsáveis por gerar uma reação inflamatória no organismo.
Os micro cílios pulmonares, componentes que se assemelham a “pelos” e que são responsáveis pela remoção de partículas nocivas, deixam de funcionar. E isso provoca uma maior retenção dessas substâncias. “Nos pacientes asmáticos, que já apresentam inflamação nas vias aéreas, a fumaça do tabaco piora o quadro e, consequentemente, favorece o estreitamento das vias aéreas, além de oferecer um maior estímulo à produção de muco”, complementa a profissional. Ela explica ainda que o tabagismo é responsável pela redução da resposta aos corticoides inalatórios, medicamentos utilizados para tratar a asma.
Mas a solução é bem mais simples do que parece. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tabaco está associado a pelo menos 50 enfermidades, incluindo diversas doenças do aparelho respiratório. Apesar disso, apenas a atitude de parar de fumar já diminui o risco de tonar esse cenário realidade, inclusive oferecendo uma melhora significativa para a asm.
O que é proibido para quem tem asma?
O consumo da dieta mediterrânea, composta por verduras, legumes e frutas frescas, grãos integrais, peixes e azeite de oliva, além de proporcionar uma vida saudável, pode ajudar no controle da asma. Isso acontece porque esses alimentos são ricos em antioxidantes, substâncias capazes de proteger as células contra os efeitos dos radicais livres – moléculas tóxicas produzidas pelo organismo, que podem causar inflamações e doenças.
A asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, que se desenvolve de forma leve, moderada ou grave e geralmente é controlada com broncodilatadores. Os sintomas vão desde tosse seca, chiado no peito, respiração rápida e curta, até dor no peito e dificuldade para respirar. Evidências científicas mostram que, para evitar o agravamento do padrão inflamatório da doença, ter uma alimentação equilibrada e, de preferência, rica em alimentos frescos e antioxidantes, pode fazer toda diferença. Por esse motivo, as Diretrizes da Iniciativa Global para Asma (GINA, na sigla em inglês) já incluem entre suas recomendações a prática de uma dieta saudável para a prevenção primária da doença.
No Dia Mundial de Controle da Asma, comemorado em 21 de junho, a nutricionista Flavia Montanari, especialista em nutrição materno infantil, e o nutrólogo Vinicius Aguilera, responsável técnico pela clínica Aguilera de Nutrição, indicam alimentos que devem ser incluídos na dieta ou evitados por aqueles que convivem com a doença.
Exemplos:
Alimentos | Benefícios |
---|---|
salmão e demais peixes, azeite de oliva, sementes e oleaginosas (castanhas, amêndoas, linhaça moída ou em grão), ovo | o ômega 3 inibe a produção de prostaglandinas, substâncias responsáveis pelo estreitamento dos brônquios e que causam a sensação de falta de ar |
couve, espinafre, agrião, rúcula | são ricas em magnésio, que promove o relaxamento muscular, facilitando a respiração |
castanhas, amêndoas, linhaça | além de serem ricas em ômega 3, também contêm selênio (sobretudo a castanha de caju), que ajuda a fortalecer o sistema imunológico |
tomate, mamão, pitanga, repolho roxo | o licopeno é um antioxidante, reforça o sistema imunológico. Tê-lo na dieta ajuda a minimizar a inflamação nos pulmões e evitar o chiado no peito |
frutas cítricas, como laranja, acerola e kiwi e couve | a vitamina C controla a liberação de histamina, que causa o processo inflamatório da asma |
ovos, talos de verduras, legumes amarelos e vermelhos, como cenoura e pimentões | alimentos que contêm vitamina A são considerados anti-inflamatórios, reforçam o sistema imunológico e evitam a piora de processos inflamatórios. Em pessoas com asma, também podem ajudar a minimizar o chiado no peito |
gema de ovo, fígado, salmão, cogumelos (não os in conserva) | alimentos que contêm vitamina D também são antioxidantes, ajudam a reforçar a imunidade e evitar chiado no peito e falta de ar |
Comidas fritas, gordurosas e industrializadas tendem a au.
Qual a expectativa de vida de um asmático?
Asma: é possível viver bem com a doença
02 August 2010
Caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória, a asma é uma doença pulmonar cada vez mais frequente na população. Entre os sintomas estão tosse seca ou com pouco catarro, em geral esbranquiçado, falta de ar ou uma sensação de aperto no peito e o característico “chiado no peito”. Estes sinais podem aparecer em conjunto ou individualmente, em diferentes níveis de gravidade, variando de pacientes que têm crises esporádicas, passando pelos que convivem com a doença diariamente, atrapalhando a rotina diária, até aqueles que precisam de acompanhamento médico e têm que tomar remédio.
O pneumologista do Hospital Português e especialista em Doenças Obstrutivas Crônicas, Dr. Aquiles Camelier explica que o sistema respiratório (pulmões, brônquios, nariz e seios da face) de pessoas com asma possui um defeito das nossas defesas naturais (o nosso sistema imunológico). “Ao entrar em contato com o pó, poeira, variação de temperatura, fumaça de cigarro ou de outras fontes, odores de perfumes ou produtos de limpeza ou mesmo com infecções das vias aéreas, o sistema imunológico é ativado de forma inadequada – um processo conhecido como alergia, produzindo inflamação nas vias aéreas e redução do tamanho dos brônquios, causando uma dificuldade na passagem do ar respirado e provocando os sintomas da doença”, esclarece o especialista.
A asma é uma doença genética, frequente em pessoas da mesma família, mas os sintomas e a intensidade variam de pessoa para pessoa. Dr. Aquiles ressalta que, em 30% dos casos, as pessoas com asma têm uma outra doença associada: a rinite alérgica, que causa coriza, espirros, coceira na garganta e entupimento no nariz, sintomas que se assemelham a uma gripe ou resfriado e que frequentemente não são valorizados pelas pessoas. “Um outro aspecto importante é que os sintomas, às vezes, acontecem apenas durante a noite, acordando as pessoas com tosse ou falta de ar, ou ainda cedo, pela manhã, quando muitos pacientes referem uma sensação de aperto no peito e dificuldade para respirar”, comenta.
Infelizmente, a asma não tem cura, mas sabe-se que algumas pessoas podem passar vários anos ou até décadas sem apresentar os sintomas da doença. O mais importante é que é possível viver bem, mesmo com a doença. “Todo asmático deve ter vida normal, mesmo que para isso tenha que tomar remédios regularmente. Por exemplo, qualquer atividade física pode e deve ser praticada por indivíduos com asma. É possível aproveitar a vida plenamente, com muita saúde”, afirma Dr. Aquiles. Algumas medidas são fundamentais, como não fumar, não se expor a variações de temperatura, evitar contato com mofo, umidade, fumaça e poeira, se consultar com o pneumologista, fazer os exames de avaliação pulmonar regularmente e ficar atento aos sintomas.
Para que uma pessoa possa saber se tem ou não asma, ela deve procurar um médico e informar os seus sintomas.
Como o narguilé afeta o sistema respiratório?
Assessoria de Comunicação do Hospital de Messejana
Repórter/Fotos: Jessica Fortes
Arte gráfica: Jeorge Farias
Na semana de combate ao fumo, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), da rede pública do Governo do Estado, alerta para os riscos causados pelo consumo do narguilé e do cigarro eletrônico. Tratados como menos nocivos, eles podem desencadear danos semelhantes ao cigarro convencional, ou até mais graves.
A pneumologista do Programa de Controle do Tabagismo do HM, Penha Uchôa, explica que uma sessão de narguilé expõe o fumante à inalação de fumaça por um período maior do que quando ele fuma um cigarro. “Uma rodada de narguilé dependendo do tempo da sessão pode ser equivalente ao consumo de 100 cigarros ou mais”, alerta a médica.
De origem oriental, o narguilé chegou ao Brasil como recreação e logo caiu no gosto dos jovens, principalmente por conta das essências. Segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária dos consumidores desse novo produto são jovens de 13 a 35 anos, do sexo masculino.
Por compor um filtro de água e utilização de aromatizantes, o narguilé pode parecer menos nocivo se comparado a outros produtos com tabaco. “O que as pessoas não percebem é que o produto fumado no aparelho tem como base o tabaco que, quando queimado, é tão prejudicial à saúde quanto um cigarro convencional”, explica a pneumologista Penha Uchôa.
Riscos à saúde
A utilização do narguilé e de cigarros eletrônicos em longo prazo causam câncer de pulmão, boca e bexiga, estreitamento das artérias e doenças respiratórias. Além disso, o compartilhamento pode expor o fumante ao vírus do herpes, da hepatite C, tuberculose e outras doenças.
“Nós precisamos alertar sobre os perigos do fumo. O narguilé e os cigarros eletrônicos, são tão prejudiciais à saúde quanto o cigarro branco, convencional. Nosso objetivo é conscientizar jovens e adultos, de ambos os sexos, fumantes ou não, e prevenir essa experimentação. Queremos evitar a iniciação ao tabagismo, que acontece principalmente na adolescência”, acrescenta.
Vencendo o tabagismo
Na última segunda-feira, 26, pacientes e acompanhantes reuniram-se no Bosque dos Eucaliptos do hospital para trocar experiências sobre o processo de abandono do cigarro. Em uma grande roda, eles contaram sobre a inciativa de parar de fumar.
“Eu reconquistei minha autoestima”
“Eu ganhei saúde e agora sinto o gosto dos alimentos”
“Eu voltei a ser abraçada pelo meu filho”
“A alegria voltou para a minha casa”
O ferreiro, Elizeu Nonato, 41 anos, passou mais de 30 anos de sua vida fumando. Ele parou há dois meses, após um infarto. Apesar de ter tentado parar algumas vezes, agora sentiu-se motivado. “Estou há dois meses sem fumar e a alegria voltou para a minha casa. As pessoas acabaram se distanciando de mim, por conta do meu vício e agora estou resgatando o afeto da minha família. Eu parei de beber e de fumar, graças a ajuda que tenho recebido aqui no grupo”, ressaltou durante o enc.