Como é um cachorro com síndrome de Down?

Como saber se o cachorro tem Síndrome de Down?

Os humanos com síndrome de Down apresentam traços físicos característicos e capacidade cognitiva diferentes. Trata-se de uma alteração nos genes e trissomias, ou seja, uma condição genética. Mas, quando os cães apresentam características semelhantes, podemos dizer que é um cachorro com Síndrome de Down?

De bate-pronto, a resposta é: cachorro com síndrome de Down não existe. Mas como se trata de um assunto complexo e mais técnico, neste post vamos explicar tudo sobre o tema. Confira!

Para entender melhor sobre a questão, é fundamental entender o que é essa condição. A SD (síndrome de Down) é uma mutação genética causada por uma divisão celular anormal. Ou seja, um distúrbio congênito que pode provocar atraso no desenvolvimento tanto das funções motoras do corpo, como das mentais.

A síndrome de Down surge como uma alteração cromossômica. A genética dos humanos têm 23 pares de cromossomos, totalizando 46 cromossomos. Já as pessoas com a síndrome de down, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três (completas ou parciais).

Portanto, o Down se refere a alteração genética quando a pessoa possui três cromossomos 21 em vez de dois. Mas, será que essas mesmas alterações causam disfunções nos animais?

A primeira informação que precisamos ressaltar é que todos os animais podem apresentar anormalidades genéticas. Porém, apesar das disfunções e os aspectos semelhantes (especialmente devido à questão estética e comportamental), a SD é uma condição específica dos humanos. Em outras palavras, cachorro não tem síndrome de Down.

A síndrome de down é causada pela presença de um cromossomo extra no cromossomo 21. Portanto, cachorro não tem Síndrome de Down pois essa condição só pode acontecer em primatas que tem o código genético semelhante ao dos seres humanos (com 23 pares de cromossomos).

Os cães possuem 39 cromossomos em suas células, eles não desenvolvem a patologia porque suas construções genéticas são bem diferentes, comparada com a dos humanos. Portanto, é incorreto usar o termo “cachorro down”.

Como mencionamos, anomalias genéticas podem acometer os cães. Existem outras síndromes que afetam física ou mentalmente o seu pet. Por isso, é importante ficar atento a possíveis sintomas e sinais corporais que são parecidos com os da síndrome de down, mas que não são de fato.

Você já viu algum cachorro que se comporta um pouco ‘diferente’ ou que apresente alguma anomalia no organismo e na feição? Essas podem ser características referentes a disfunções genéticas.

Conheça algumas das alterações e características mais comuns de cachorros com disfunções genéticas:

Síndrome de Turner:

Também conhecida como a Síndrome de XO, a condição afeta as fêmeas, fazendo com que não se desenvolvam sexualmente, permanecendo inférteis.

Síndrome do Triplo X:

Chamada de síndrome de Triplo X, acomete cachorros machos, deixando-os com deformação nos quadris mais alargados, testículos atrofiados e infertilidade.

Cães que

Como são os animais com Síndrome de Down?

Embora todos os animais possam ter anormalidades genéticas que afetem a sua aparência e seu comportamento, a síndrome de Down é considerada como uma específica condição humana, uma vez que é causada pela trissomia do cromossoma 21, que só se encontrava em seres humanos.

Acontece que alguns animais também apresentam diferentes tipos de síndromes, alterações ou doenças cromossômicas. Cães e gatos, que têm a dita síndrome de Down, possuem olhos grandes e redondos em comparação com os olhos dos outros, a forma da face também pode ser diferente. Se comportam de forma anormal em comparação com outros. Eles também desenvolvem hábitos estranhos como sentar, miar ou latir de um jeito diferente dos outros. Alguns têm problemas de visão e a musculatura fraca.

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Síndrome de Down – Aspectos técnicos e Termos

Nós temos 23 pares de cromossomos. Os gatos, 38 cromossomos, isso significa que são 19 pares cromossômicos. Eles não podem sofrer de trissomia 21, como acontece nos humanos. Os cães têm 78 cromossomos, alinhados em pares de 39.

Tecnicamente falando, cães e gatos não podem ter síndrome de Down. Eles podem representar as mesmas características físicas e fisiológicas como a do síndrome em seres humanos, mas não é a mesma. Eles podem sofrer de uma doença genética ou anomalia cromossômica. Tal como acontece com qualquer outro transtorno animal, o melhor é saber o que é e o que ele faz para saber quais as medidas necessárias a tomar.

Eles precisam de paciência extra e um olhar atento para evitar que sejam prejudicados. Eles podem não ter a capacidade física e mental que é necessário para lidar com estas situações.

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Texto e foto- portaldoscaesegatos.com.br

Quais animais têm Síndrome de Down?

Existem muitas doenças e condições que nossos animaizinhos podem ter. Algumas, inclusive, podem ser comuns entre humanos e pets, tendo sintomas parecidos. Por isso, é muito comum ouvir que existem animais com síndrome de Down. Mas será que isso é verdade?

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Para entender se algum pet pode ter a condição derivada de uma alteração genética, é preciso saber alguns detalhes da biologia dos humanos e dos bichinhos. Por isso, se você está curioso para saber se gato, peixe ou cachorro tem síndrome de Down, continue a leitura!

“É bastante improvável dizer que existe síndrome de Down em animais”, diz o Dr. Ítalo Cássio, médico-veterinário especialista em emergência e terapia intensiva e coordenador-técnico da Petz. “Em estudos que incluíram cães e gatos, alguns genes de animais com síndrome de Down só foram encontrados em primatas”, completa o especialista. Logo, nossos pets não teriam como apresentar as alterações cromossômicas características da síndrome.

Muita gente se pergunta se existem gatos e cachorros com síndrome de Down, mas o primeiro aspecto importante a respeito da síndrome é que não se trata de uma doença, mas de uma condição. Assim como outras alterações, ela ocorre quando há alguma falha na divisão celular durante a fase embrionária.

No caso da síndrome de Down em humanos, essa “falha” corresponde à triplicação — ao invés da duplicação — do cromossomo 21. Daí o outro nome pelo qual a síndrome de Down também é muito conhecida: trissomia do cromossomo 21.

Em seres humanos, essa alteração genética provoca algumas características marcantes, como rosto mais arredondado, mãos menores e olhos puxados. Na cognição, pessoas com a síndrome também apresentam comprometimento intelectual em relação a pessoas sem a alteração.

Como visto, a síndrome de Down corresponde a uma alteração genética específica no cromossomo 21 de humanos. Nesse sentido, é interessante relembrar as aulas de biologia: cada espécie possui certo número de pares cromossômicos. Enquanto nós temos 23 pares, gatos possuem 19. Ou seja, não contam com o par 21.

Mas mesmo em espécies com um número maior de pares cromossômicos — como os cães, que possuem 39 —, o par de cromossomos 21 de uma espécie não carrega as mesmas informações genéticas que o par 21 de outra espécie. “Nos bichos, podem ocorrer inúmeras alterações de cunho genético ou congênito que desencadeiam expressões físicas diferentes”, explica Ítalo. “Mas não podemos classificar animais com síndrome de Down devido à especificidade da condição em seres humanos”, completa o especialista.

“Algumas alterações genéticas que modificam as características físicas ou comportamentais dos pets induzem as pessoas a fazerem uma associação, utilizando o nome síndrome de Down de maneira confusa”, diz o veterinário. Assim, animais são equivocadamente associados a filhote de cachorro ou filhote de gato com síndrome de Down. Mas, segundo Ítalo, existem algumas alterações parecidas com a condição já estudadas em seres humanos que também podem ocorrer em c.

Como saber se o cachorro tem TDAH?

Se você tem um cãozinho hiperativo, já deve saber que tentar acalmá-lo é uma tarefa bastante difícil. Os cães podem desenvolver hiperatividade ao longo da vida ou herdar essa característica dos pais e avós. Dentre as raças mais hiperativas estão os Beagles, Labradores, Goldens, Spitzies, Pastores de Shetland’s. Algumas raças que foram criadas originalmente para o trabalho no campo, como o Border Collie e o Australian Cattle Dog, também são exemplos de cães hiperativos.

Além da ansiedade, os cães hiperativos apresentam alguns comportamentos bem característicos como:

  • Agitações durante o passeio
  • Pulam para cumprimentar as pessoas
  • Latem para outros animais
  • Estão sempre correndo para todo lado em busca de atenção
  • Querem brincar a todo o momento

A hiperatividade quando não trabalhada adequadamente pode levar a problemas comportamentais como:

  • Latido em excesso
  • Lambedura excessiva
  • Girar em círculos
  • Comportamento destrutivo
  • Vocalização para chamar a atenção do seu dono
  • Cães podem até apresentar comportamento mais agressivo

Estes problemas comportamentais merecem muita atenção, pois podem afetar a saúde do pet e até mesmo o convívio com o dono.

É importante ressaltar que nem todo cão agitado é hiperativo e que existem várias formas de controlar a hiperatividade nos cães, sendo nestes casos os passeios diários imprescindíveis, pois ajudam a manter os níveis de energia mais baixos.

A leishmaniose é uma doença vetorial, transmitida somente através da picada do mosquito-palha, não havendo transmissão ou contágio do cão …As larvas do mosquito-palha, vetor da leishmaniose, se alimentam de matéria orgânica, como lixo doméstico (restos de comida), frutos apodrecidos, folhas …

Como tratar cachorro autista?

Estudo indicam que certos comportamentos nos cães podem indicar que o pet pode ter autismo e o tutor saber identificar e lidar com a condição faz toda a diferença na qualidade de vida do pet. Em seres humanos o autismo se manifesta em variados graus, sendo observadas mudanças no modo de se relacionar com o mundo. Pode não responder ao próprio nome, ouvir de forma seletiva, preferir ficar sozinho, não interagir muito ou demonstrar poucos sentimentos. Problemas de coordenação e hábitos repetitivos também são sinais.

Entre os sinais mais evidentes de um possível autismo é a prática de perseguir a própria cauda sem parar. Mostrar angústia com mudanças na rotina e dificuldades de adaptação. Alta sensibilidade à luz ou contato/carinho. Ansiedade social e mostrar medo ou agressão ao interagir com cães ou pessoas fora do convívio diário.

Não existe nenhum teste conclusivo que os cães de fato tenham autismo e, ao notar qualquer sinal, é importante que o tutor leve o pet a um médico veterinário para uma avaliação. O comportamento pode ser uma mania do pet ou estresse devido à alguma mudança de hábito. A frequência de comportamentos atípicos, pouca ou falta de interação com outros cães ou pessoas são sinais – especialmente se o cão é, normalmente, simpático e receptivo. Pode ser uma síndrome sensorial em decorrência de depressão, ansiedade, agressividade, problemas de ajustamento e timidez. É preciso discernir os casos.

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Ao demonstrar medo ou insegurança perante certos indivíduos é indicado recorrer a um especialista para entender exatamente o motivo da alteração do comportamento do cachorro.

Mesmo que o pet não tenha sido diagnosticado com autismo, mas se notam sinais claros, o tutor deve procurar ajuda e tentar melhorar o tratamento, para que ele se sinta mais acolhido. Observar o que está causando as mudanças e evitar ao máximo a exposição a esses fatores.

Ezequiel Garrido/Unsplash

Evite mudanças drásticas e repentinas na rotina (como a mudança de casa), isso exige uma grande adaptação do animal e pode piorar a situação. Mesmo sendo um problema de saúde, o autismo não deve ser considerado uma doença e o pet precisará de muito carinho para se sentir confortável. Não o deixar muito tempo sozinho e fazer caminhadas pode ajudar, também respeite o espaço dele. Apesar de não haver tratamento, a psicologia animal é bastante positiva e benéfica para melhorar o relacionamento do pet com pessoas e outros animais, além de deixá-lo mais aberto e confiante para diferentes situações.

Comportamentos associados ao autismo são mais comuns em machos e, devido a alguns fatores de DNA, a raça Bull Terrier é mais propensa ao autismo. Entenda mais no link!

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Quais animais podem ter autismo?

Cães e gatos podem ter autismo? Não há evidências científicas sólidas que indiquem que cães e gatos possam desenvolver essa condição neurológica da mesma forma que nós. O transtorno do espectro do autismo (TEA) afeta o desenvolvimento da linguagem, comunicação social e comportamento em seres humanos. Atualmente, existem três níveis de autismo que descrevem a gravidade dos sintomas.

Os animais de estimação podem sim exibir comportamentos que pareçam semelhantes a certos aspectos do autismo em humanos; no entanto, as causas geralmente são diferentes, incluindo espécie, genética, ambiente, problemas de saúde, traumas, medos, ansiedade e depressão.

No caso dos cães, pesquisadores descobriram que eles podem ter o chamado comportamento disfuncional canino (CDB). De acordo com o portal PetMD, a condição ainda é idiopática, ou seja, sua causa é desconhecida.

Já no caso dos gatos, alguns comportamentos associados são da própria natureza do bichano. Conforme o Excited Cats, normalmente, os gatos estão apenas sendo gatos, e é isso. Mas, calma, nós vamos aprofundar o assunto.

Pesquisadores acreditam que os cães nascem com o CDB e que careçam de certos neurônios no cérebro que supostamente os ajudam a aprender as normas sociais. Esses neurônios são chamados de neurônios “espelho”, pois ajudam filhotes e cães jovens a espelhar o comportamento de cães mais velhos em situações sociais. Sem esses neurônios, um cão não será capaz de desenvolver as habilidades necessárias para construir relações sociais. Sendo esse comportamento um marcador relevante para iniciar a pesquisa do diagnóstico, além de comportamento compulsivo obsessivo, reações inapropriadas, atividades reduzidas e letargia.

O comportamento disfuncional canino não tem um espectro como o do autismo humano, por isso, o veterinário deverá realizar alguns testes e se basear nos sinais comportamentais para compará-los com o que é considerado normal para cães.

Gatos normalmente não são tão sociáveis como os tutores desejam, principalmente quando se refere a estranhos. É importante compreender que seu gato será reservado e indiferente em relação a um humano estranho; afinal, eles podem ser uma ameaça potencial. Evitar contato visual, relações humanas, contato físico excessivo são características naturais do comportamento do bichano.

Outro mito sobre os gatos é a inteligência aprimorada ou o superfoco; tutores veem gatos realizando feitos incríveis e presumem que devem ter um gato autista nas mãos, sem sequer considerar que os mimis são criaturas inteligentes e movidas por comida. Isso também vale para os comportamentos repetitivos dos bichanos, como mexer em objetos, balançar o corpo, entre outros.

Alguns gatos são propensos a comportamentos obsessivos, e isso pode afetá-los, assim como humanos; por isso, quando observado, deve ser avaliado por um médico veterinário.

No caso dos cães, a melhor opção é entrar em contato com o médico veterinário e realizar os testes indicados para o diagnóstico. Além disso, serão avaliados out.

Como saber se o cachorro está com problemas mentais?

A ansiedade em cães pode apresentar diversos sintomas que os donos devem estar atentos. Infelizmente, a ansiedade em cães é mais comum do que se imagina. No mundo humano, a conversa sobre a saúde mental vem sido bem discutida nos últimos anos. No mundo canino, ela também existe e os donos devem estar de olho, já que existem alguns sinais que podem indicar essa doença. No entanto, o dono do pet deve entender que cada animal tem sua própria personalidade, então os sintomas podem variar. Por isso, hoje vamos falar dos sintomas mais frequentes, como você pode identificar essas crises e qual é o tratamento.

Sintomas mais comuns

Existe uma grande lista de sintomas que o tutor do pet pode identificar ansiedade em cães, mas hoje vamos apresentar os 6 sintomas mais comuns.

  1. Se em algum momento da vida o seu cão era mais calmo e receptivo e, de repente, ficou mais bravo, é preciso ligar o alerta. Os cães ansiosos podem começar a não lidar bem com visitas, porque ele está mais estressado. Outras atitudes que colocam o seu cachorro com raiva nessa categoria são os rosnados, a ameaça de mordidas e as mordidas. Geralmente, os cães mais ansiosos podem apresentar um comportamento mais acelerado, o que pode resultar em um convívio mais difícil.
  2. O cachorro com esse comportamento não para de querer chamar a atenção do seu dono, sempre pegando objetos, destruindo os móveis da casa. Muitos choramingos e latidos também entram nessa lista.
  3. A ansiedade em cães, podem sim resultar em alguns comportamentos mais anormais ou repetitivos, justamente pelo estresse que o distúrbio causa no pet. Morder os dedos, as unhas ou as lamber em excesso as patas, são alguns sinais de comportamento mais compulsivo. Rosnados sem motivos aparentes, andar em círculos, perseguir muito a calda e comer móveis da casa também entram nessa lista.
  4. Essa condição é determinada pelo pânico que se manifesta em alguns comportamentos como:
    • chorar quando o dono sai de casa;
    • ficar inquieto quando está sozinho;
    • latir excessivamente quando está sozinho;
    • destruir objetos quando está sozinho.
  5. Cães mais sensíveis e ansiosos podem ter medo de absolutamente tudo. Barulhos, objetos e até o medo dos próprios donos se tornam frequentes. Isso é um resultado do excesso de estresse e da ansiedade. O tutor deve estar atento ao seu amigo de quatro patas para não provocar mais medo nele, já que esse comportamento pode ser confundido com teimosia.
  6. Se você treinar o seu amigo para urinar e defecar em um lugar correto da casa, você espera que ele obedeça. Por isso, quando os cães fazem suas necessidades fora do lugar frequente, é preciso entender os motivos que isso aconteceu, já que pode ser um sinal claro da ansiedade.
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Assim como nos humanos, o transtorno de ansiedade é um distúrbio de comportamento que pode ocorrer por diversos motivos, sendo eles:

  • Fatores genéticos;
  • Eventos traumáticos;
  • Falta de socialização adequada;
  • Alterações hormonais;
  • Estresse ambiental.

Se não tratada, esse distúrbio pode evoluir para a depressão, além de uma baixa na imunidade do pet, caso ele não se alimente adequadamente.

É possível animais serem autistas?

Quando um cachorro tem dificuldade de interação com outros cães, medo de pessoas e só quer brincar de uma única coisa, já vem o questionamento: será que meu cachorro é autista?

Extrapolar algumas características humanas do espectro do autista para os cães pode ser um grande erro. A maioria dos transtornos, distúrbios ou doenças neurológicas humanas não são observadas ou comprovadas em cães. Apesar de muitas semelhanças, quando falamos de cérebro e desenvolvimento social, há uma lacuna muito grande entre as duas espécies.

A médica veterinária Sofia Dressel explica que até o momento, não existe nenhuma comprovação científica da existência de autismo em cães. “Algumas pessoas se confundem ao observar cães com comportamentos repetitivos e falta de interesse em relacionamentos sociais. Esses comportamentos comuns em pessoas autistas também podem ser expressados pelos cães, mas são sintomas muito inespecíficos e podem ter diferentes causas. Por isso, tentar extrapolar diagnósticos humanos para os animais pode tirar o foco das causas que já são conhecidas para os animais, prejudicando o tratamento correto de alterações comportamentais dos nossos pets” alerta.

No caso dos cães, a genética é um fator importante. Porém, o ambiente no qual o animal está inserido, principalmente até os quatro meses de vida, pode influenciar muito mais. O principal motivo para um cão não querer interagir com outros animais, segundo Dra Sofia, é a socialização realizada de forma incorreta. “Existem ainda muitos preconceitos em relação à socialização de filhotes, que é a fase em que eles estão mais propensos a aprenderem coisas novas. Isso faz com que muitos cães se tornem inseguros, medrosos e que não sabem como brincar e se relacionar” aponta.

Outra possibilidade da dificuldade de interação com outro cão é quando o animal passa por uma experiência social negativa, fazendo com que ele passe a evitar o contato com outros cães a qualquer custo.

A apatia pode ser sinônimo de doença fisiológica. Por isso, o primeiro passo é levar ao médico-veterinário.

Segundo Dra Sofia, se realmente não existe nenhuma questão de saúde relacionada com essa apatia, precisamos investigar as causas relacionadas ao comportamento. “Temos que avaliar se houve alguma mudança na casa, na estrutura da família ou até alguma alteração na rotina” conta.

Muitas vezes a falta de interesse em interagir com o ambiente está relacionada com ambientes inadequados e não planejados para suprir as necessidades comportamentais do cão.

Um dos sinais de que uma criança pode ter TEA (Transtorno do espectro autista) é a fixação com certos objetos e atividades. Além de comportamentos repetitivos. Quando extrapolamos para os cães, podem observar alguns comportamentos que sempre se repetem. Então como avalia-los.

Tudo vai depender do tipo do comportamento e da sua frequência. “Alguns comportamentos como coçar ou se lamber são normais para os cães. Mas se o animal passa”.

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