Qual é a receita do arroz carreteiro?

Qual a origem de arroz carreteiro?

O arroz carreteiro é um prato tradicional do Rio Grande do Sul. Ele foi criado pelos carreteiros que precisavam preparar refeições com ingredientes perecíveis durante longas viagens em uma panela só. A mistura de temperos, de carnes e do arroz cozido faz do carreteiro uma receita extremamente saborosa e prática, se transformando em uma comida super popular em todo o país.

O chef de cozinha Vinicius Cravo é natural de Porto Alegre e atualmente vive em Santos, no litoral de São Paulo, onde trabalha em um restaurante de hotel de luxo. Ao g1, ele explicou que o arroz carreteiro foi criado nos pampas, aos condutores de cargas que faziam longas viagens com carretas, puxadas por bois. Eles preparavam receitas com ingredientes não perecíveis, que suportavam os longos períodos. Por isso, na época, o prato era feito com carne seca ou a carne de charque (confira a entrevista no vídeo abaixo).

Cravo conta que, com o passar do tempo, a receita foi sendo aperfeiçoada. Ela ganhou releituras em outras partes do Brasil, especialmente no Nordeste e no Centro-Oeste. Atualmente, segundo o chef, no Rio Grande do Sul, os gaúchos preparam o arroz carreteiro com sobras do churrasco de domingo.

Culinária #013: Arroz carreteiro de churrasco é um prato tradicional gaúcho

O chef mostrou como preparar o arroz carreteiro de churrasco. A base da receita é o arroz branco já cozido e as carnes assadas em cubos. Para a mistura ganhar ainda mais sabor vai um refogado de cebola e alho, e outros ingredientes como o molho de tomate, os tomates, salsa picada e o queijo coalho (confira a receita completa abaixo ou no vídeo).

Para deixar o prato refinado, o chef ainda sugere utilizar pétalas de cebola roxa assada para decorar por cima do carreteiro, que deve ser servido na hora.

Confira a receita do arroz carreteiro de churrasco do chef de cozinha Vinicius Cravo:

Arroz carreteiro de churrasco foi preparado pelo chef de cozinha Vinicius Cravo, em Santos — Foto: Mariane Rossi/g1

Arroz carreteiro de churrasco foi preparado pelo chef de cozinha Vinicius Cravo, em Santos — Foto: Mariane Rossi/g1

Qual a diferença do arroz carreteiro?

Aprenda, ainda, uma receita de arroz carreteiro que utiliza filé mignon suíno e bacon no preparo.

Carreteiro (Foto: anamariabraga.globo.com)

Você provavelmente já ouviu falar do arroz carreteiro. Trata-se de um prato tradicional da culinária brasileira, principalmente da região Sul, já que foi criado pelos carreteiros que transportavam mercadorias por toda a região do Rio Grande do Sul. Inicialmente, era feito apenas com arroz, carne seca e sal, mas, com o passar do tempo, foram surgindo diversas receitas que incluem uma grande variedade de ingredientes.

Já o risoto é típico da culinária italiana. Veio para o Brasil com os primeiros imigrantes e, apesar de também ter o arroz como ingrediente base, seu preparo, textura e sabor são bem diferentes do carreteiro.

A principal diferença entre os pratos está relacionada ao tipo do arroz. Para o carreteiro, normalmente é utilizado o arroz agulhinha, enquanto para o risoto o mais comum é o arbóreo. O preparo também muda: no risoto, a água deve ser acrescentada aos poucos para que ele solte bastante amido. No entanto, para o carreteiro, o arroz deve ser cozido normalmente.

Apesar de ser um prato considerado rústico, sem necessidade de elaborar muito o preparo, muitas receitas são modernizadas e acrescentam detalhes que tornam o prato contemporâneo e cada vez mais saboroso. O prato original era feito apenas com arroz, sal e carne seca mas, atualmente, existem receitas que incluem temperos e iguarias diferentes. Uma sugestão é pode preparar a receita tradicional e acrescentar linguiça calabresa ou bacon. Também é possível substituir a carne seca e utilizar carne fresca ao invés do charque ou, até mesmo, usar outras proteínas. O carreteiro com carne suína é muito comum no Mato Grosso do Sul e o grande segredo do preparo é fritar muito bem a carne. Outra dica é sempre pingar água para soltar a cor, depois desidratar a carne.

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Ingredientes:

  • 300g de filé mignon suíno
  • 100g de bacon
  • meia cebola;
  • 1 tomate pequeno
  • 1 copo de arroz
  • 2 copos de água
  • 1 dente de alho amassado
  • 30ml de óleo
  • sal e pimenta do reino a gosto
  • salsinha picada

Modo de preparo:

  1. Em uma panela, frite o bacon até que fique bem dourado. Retire por completo o óleo que soltar na panela e acrescente a carne suína. A panela deve ficar sem óleo para que o fundo da carne fique bem dourado. Pingue água para que solte o dourado da panela, o que irá proporcionar cor e sabor à carne e ao arroz. Repita esse processo por quatro vezes.
  2. Acrescente óleo, cebola e tomate e frite até que se desmanchem. Coloque o arroz e refogue até que os grãos fiquem transparentes, para então cobrir com água e deixar toda a mistura cozinhar.
  3. Quando secar a água, tampe a panela por completo, abaixe o fogo e cozinhe por mais cinco minutos. Desligue o fogo, coloque o conteúdo da panela em um refratário e finalize o carreteiro com salsinha.

Conheça o Sabor Catarina e aprenda novas receitas que valorizam a proteína catarinense.

Qual o valor do arroz carreteiro?

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Quem trouxe o arroz carreteiro para o Brasil?

Foto por: Acervo Rede Minas

Atualizado em: 16/09/2022

Conheça a origem do arroz carreteiro e aprenda a fazer essa deliciosa receita, que nasceu no Sul do país e ganhou versões até se tornar ícone da cozinha mineira. Além de receber influência das cozinhas portuguesas, africanas e indígenas, a intercessão da cozinha mineira com as outras culinárias feitas no Brasil reflete a nossa capacidade de acolher e valorizar o que é bom, principalmente quando o assunto é o paladar! A receita de hoje é um desses exemplos, um prato que nasceu no sul do país e ganhou as estradas brasileiras, hoje é típico de diversas cidades nas Minas Gerais: O Arroz Carreteiro. O prato surgiu com os carreteiros que atravessavam o sul do país em carretas puxadas por bois. Para se alimentar, os trabalhadores levavam uma espécie de carne de sol (que na região é conhecida também por charque) em conserva para compensar a falta de geladeira. O preparo era simples, a mistura da carne com o arroz era feita em panelas de ferro, trazia sustância e garantia fôlego para que a viagem seguisse normalmente.

Não é de se espantar que a receita prática e saborosa ganharia as estradas do Brasil. Em Minas se tornou popular quando os gaúchos começaram a trazer a charque e difundiram a receita. A gastronomia mineira é conhecida entre outros fatores pelo tempero apurado, pelo modo de preparo sempre adicionando nossas especiarias, pancs e até itens a receitas que naturalmente já são deliciosas. E aí não tem jeito né, a máxima de Guimarães Rosa de que “é junto dos bão que a gente fica mió” certamente se encaixa nas nossas panelas, ingredientes selecionados, típicos, que conversam entre si e conferem o sabor da mineiridade aos pratos.

Com o arroz de carreteiro não poderia ser diferente, ao longo do território mineiro é possível encontrar o mesmo prato com preparações diferentes nos ingredientes mas igualmente saborosas. Aquele tempero mineiro que tem muito sabor e afeto, sabe? O prato, que já é um ícone da cozinha brasileira, e mineira ganhou uma gravação especial do programa Sabor e Afeto da Rede Minas, e o Edyvan, cozinheiro de Vazante, cidade a noroeste mineiro, que encanta pelos potenciais de turismo religioso, rural e até de aventura, um destino relativamente pequeno, mas gigante em acolhimento, bem a cara do mineiro né?

A prosa tá ótima, mas a gente sabe que vocês estão com água na boca pela receita, correto? Por aqui também estamos! Aproveite as dicas do Edyvan e arrase no arroz carreteiro.

  • 200g de carne de sol
  • 200g de linguiça calabresa
  • 200g de bacon ou barrigada suína fresca
  • 03 xícaras de arroz branco
  • 02 tomates picados sem semente
  • 02 cenouras raladas
  • 01 cebola
  • 03 dentes de alho amassados
  • Sal a gosto, páprica defumada, açafrão, orégano seco, cheiro verde a gosto
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E aí, gostou da receita? Aprenda a fazer o arroz carreteiro.

Qual é a origem do arroz carreteiro?

O arroz carreteiro, arroz de carreteiro ou, simplesmente, carreteiro é originário do Rio Grande do Sul, mas se tornou muito popular em Minas Gerais, quando os tropeiros gaúchos levavam charque para ser vendido em Minas. Naquela época, eles não tinham como armazenar os alimentos frescos (as carnes eram salgadas) e nem tinham como cozinhar vários pratos ao mesmo tempo, pois a panela costumava ser uma só.

O tempo passou, as tropas praticamente não existem mais. Entretanto, o arroz carreteiro permaneceu como um prato muito apreciado em ambos os estados. É fácil de fazer, muito nutritivo e saboroso. Abaixo, segue a receita que carrega sabor, história e tradição.

Ingredientes

  • 3 xícaras de arroz;
  • 5 dentes de alho;
  • 1 cebola média;
  • 1kg de carne seca;
  • 100g de vagem;
  • 250g de cenoura;
  • 2 espigas de milho verde ou 1/2 lata de milho;
  • 10 azeitonas;
  • Cheiro verde.

Modo de preparo

Retire o sal da carne um dia antes de fazer a receita. Pique-a em tamanhos pequenos e frite-os até dourar. Junte a cebola e o alho. Depois que eles estiverem dourados, coloque o arroz, a vagem e a cenoura picados, o milho verde e refogue tudo.

Coloque 6 xícaras de água e deixe cozinhar por aproximadamente 40 min. Deixe secar ainda por uns 10 min antes de servir, com o fogo desligado. Em seguida, salpique o cheiro verde e as azeitonas picadas. Pode ser servido sozinho ou com salada, molho de tomate, feijão cremoso, linguiça ou ovos.

Por: Maria Clara Corsino.

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Quando surgiu arroz carreteiro?

02.09.2022

Feito à base de arroz e charque, o arroz carreteiro é uma receita tipicamente brasileira, que faz muito sucesso no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.

A história desse prato remete ao período anterior à Proclamação da República (1889), quando era comum que os carreteiros (mercadores que percorriam o estado em carros puxados por bois) fizessem viagens de longas distâncias.

Com isso, era necessário que os alimentos levados na viagem fossem fáceis de serem preparados, e que garantisse energia.

A partir daí, quando os carreteiros faziam suas paradas para descanso, era comum que o charque fosse cozido juntamente com arroz e cebola em uma panela de ferro. Como essa receita se mostrou muito prática, saborosa e de alto valor energético, ganhou espaço na cultura dos pampas, e tornou-se um dos pratos mais consumidos no Estado.

A partir do sucesso que fez no Rio Grande do Sul, essa iguaria se expandiu pelo território brasileiro, conquistando outros Estados

Fonte: site Coisas da Roça

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Por que o nome carreteiro?

Arroz de carreteiro (sem hífens, na norma culta), arroz carreteiro, no trato popular, ou, simplesmente, carreteiro, para os íntimos – abreviar mais do que isso pode resultar em “carrê”… e provocar uma confusão culinária.

Variações de nome à parte, esta receita (basicamente arroz e charque preparados na mesma panela) tem presença garantida nas listas dos maiores símbolos da cozinha popular brasileira e, sobretudo, da gaúcha.

O arroz é um dos fortes da produção agrícola nos campos gaúchos. Em 2020, por exemplo, o Rio Grande do Sul colheu cerca de 70% do total deste cereal no Brasil. No caso do charque, esse tipo de carne salgada e seca movimentou a economia do estado entre o fim do século 18 e o início do século 20.

É um prato com ingredientes marcantes para a região, que ajudam a contar a nossa história”, afirma o chef e restaurateur gaúcho Marcos Livi.

A forte ligação do arroz de carreteiro com a história, a economia e a cultura do Rio Grande do Sul já fica evidente no nome. “Carreteiro” refere-se aos condutores de carros de boi (como os da foto acima) que, no Brasil Colônia, transportavam mercadorias pelos pampas gaúcho, uruguaio e argentino. Costumavam partir das fazendas levando itens como couro, lã, fumo e açúcar. No retorno, traziam artigos imprescindíveis para a vida campeira.

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A combinação de longas viagens, estradas precárias e baixa velocidade (3 quilômetros por hora) rendia diversas paradas no caminho, muitas sem qualquer estrutura de apoio. Nessas pausas, a alimentação tinha que ser prática e rápida.

Quando tinham em mãos, acrescentavam cebola para reforçar o tempero, que dependia apenas do sal liberado pelos pedaços de carne.

Não há local de nascimento, autoria ou data que marquem oficialmente o início dessa tradição culinária. O arroz de carreteiro, porém, seguramente foi impulsionado no estado pelo Ciclo do Charque, que tornou esse tipo de carne mais acessível a partir do fim do século 18.

As charqueadas: ao fundo, varais de charque ao sol

Apesar do termo “charque” ter sido cunhado no Sul, o ingrediente mais marcante do arroz de carreteiro não é 100% sulista. Na verdade, a técnica de curar a carne em larga escala por salga foi levada do Nordeste para lá por um português, José Pinto Martins, em 1779.

Ele produzia carne-seca no Ceará. Na época, porém, houve uma grande emigração da região rumo ao Sul. Pinto Martins seguiu a onda, desembarcou na cidade de Rio Grande e fundou, em Pelotas, a primeira charqueada (fazenda produtora de charque). Começava ali o período nobre do Ciclo do Charque.

O produto impulsionou a economia do estado, foi vendido em diversas regiões do Brasil e virou item de exportação.

O ritmo começou a cair em 1888, com a promulgação da Lei Áurea. A produção, afinal, era sustentada pela mão de obra de negros escravizados. Eram eles que abatiam o gado proveniente de toda a Campanha gaúcha, cortavam as mantas de carne, as salgavam e secavam ao sol.

No início do século 20, o Ciclo do Charque perdeu muito da sua importância econômica e cultural, mas o arroz de carreteiro permanece como um símbolo vivo da gastronomia gaúcha.

Quem trouxe o arroz carreteiro para o Brasil?

O arroz de carreteiro, ou simplesmente carreteiro, é um prato típico da Região sul do Brasil (embora, atualmente, já esteja incorporado à cozinha brasileira, sendo comum saboreá-lo em todo o país). É feito de arroz ao qual se adiciona carne bovina bem picada e refogada, carne-seca ou carne de sol desfiada ou picada, às vezes paio, bacon e linguiça em pedaços, refogados em bastante gordura, com alho, cebola, tomate e cheiro-verde, sempre com bastante tempero. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, é também conhecido como maria-isabel, e preparado com carne de sol.

Surgiu quando os carreteiros (transportadores de cargas) que atravessavam o sul do Brasil em carretas puxadas por bois coziam, em panela de ferro, uma mistura de charque picada (guisado) com arroz. Trata-se de um prato prático que, por sua simplicidade, podia ser preparado pelo viajante solitário, que somente poderia comer um churrasco (que é feito de carne fresca) em um paradouro depois de muitos dias de viagem.

Sem contar com geladeira, o carreteiro valia-se da carne de sol, que, no Rio Grande do Sul, é conhecida como charque (preparado nas charqueadas). Esta se conservava durante os muitos dias de viagem empreendidos pelo carreteiro transportador de cargas. Este, diferente dos mascates, que, em geral, se valiam de carroças puxadas por cavalos, não ia de casa em casa ou de estância em estância, mas seguia entregando suas cargas pelo menor curso direto ao destino.

Elaborado originalmente à base de charque e arroz e tradicionalmente preparado em panela de ferro, é um dos principais pratos da culinária gaúcha.

Todavia, nos tempos modernos, os gaúchos (ou rio-grandenses) preparam o arroz com carne bovina fresca picada, moída ou sobras de churrasco e o chamam de “carreteiro” em alusão ao nome original “arroz de carreteiro”.

Payada de Jayme Caetano Braun. Poesia com receita e origem do carreteiro.

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