O fracasso da 'era Guardiola': reencontro com o Barcelona

Por que o Pep Guardiola saiu do Barcelona?

Pep Guardiola foi treinador do Barcelona no período mais vitorioso da história do clube, com 14 títulos em apenas quatro anos. Mas no momento que percebeu que já não tinha mais o comando dos seus jogadores, decidiu sair. Na temporada 2011/12, uma eliminação na semifinal da Liga dos Campeões e o vice-campeonato espanhol encerraram o ciclo do comandante no time catalão. Agora fazendo sucesso no Bayern de Munique, o técnico explica o motivo de optar por deixar o ex-clube.

“Tivemos um sucesso incrível, foram 14 títulos em apenas quatro anos. Foi o melhor período da história do clube. Depois, encontrei dificuldades para motivar a mim e a equipe. Como o time já tinha ganhado tudo, percebi que estava cada vez mais difícil motivá-los. Houve um momento de grande tristeza no Barcelona. Caímos na semifinal da Liga dos Campeões para o Chelsea. Éramos muito melhores do que eles, mas sofremos um gol desnecessário e fomos eliminados. Isso foi uma grande perda para mim, senti que não podia voltar atrás e levantar a equipe”, lembra.

Uma das dificuldades encontradas por Pep é o alto número de estrelas num mesmo elenco. Se por um lado é bom ter diversas opções para escalar uma equipe de alto nível, por outro a briga de ego e vaidade pode atrapalhar o ambiente e prejudicar dentro de campo.

“Com tantas estrelas no time, como temos no Bayern de Munique e tivemos no Barcelona, você pode ter situações em que a diversidade por ser destrutiva. Todo mundo quer jogar, mas só posso escalar 11 jogadores. Aqueles que ficam no banco não gostam. E depois há uma pressão da imprensa e dos fãs, de ter que selecionar alguns jogadores.

Por exemplo, toda vez que eu deixasse o Messi no banco, havia um clamor para que ele jogasse. Se como treinador você não pode mais motivar os seus jogadores, a hora de ir embora chegou”, analisa.

No Barcelona, Pep Guardiola encantou o mundo com o estilo de jogo do seu time. Chegou em 2008 e venceu três Campeonatos Espanhóis (2008/09, 2009/10 e 2010/11), duas Ligas dos Campeões (2008/09 e 2010/11), dois Mundiais de Clubes da Fifa (2008/09 e 2010/11), duas Copas do Rey (2008/09 e 2011/12), três Supercopas da Espanha (2009, 2010 e 2011) e duas Supercopas da Uefa (2009 e 2011). Após ficar a temporada 2012/13 de férias, ele acertou com o Bayern de Munique e já venceu a Supercopa da Uefa e o Mundial de Clubes. Além disso, é líder do Campeonato Alemão com incríveis 23 pontos na frente do segundo colocado, restando 13 rodadas para o fim da competição. Na Champions, está classificado para as quartas de final e defende o título da competição, já que o clube é o atual campeão.

Como funcionava o Barcelona de Pep Guardiola?

  • Grandes feitos:
    • Bicampeão do Mundial de Clubes da FIFA (2009 e 2011)
    • Bicampeão da Liga dos Campeões da UEFA (2008-2009 e 2010-2011)
    • Bicampeão da Supercopa da UEFA (2009 e 2011)
    • Tricampeão Espanhol (2008-2009, 2009-2010 e 2010-2011)
    • Bicampeão da Copa do Rei (2008-2009 e 2011-2012)
    • Tricampeão da Supercopa da Espanha (2009, 2010 e 2011)
    • Encantador de plateias pelo mundo inteiro
  • Time base:
    • Victor Valdés
    • Daniel Alves
    • Piqué (Rafael Márquez / Yaya Touré)
    • Puyol
    • Abidal (Sylvinho)
    • Sergio Busquets
    • Xavi
    • Iniesta
    • Messi
    • Pedro (Eto´o / Alexis Sanchéz)
    • Villa (Henry / Cesc Fàbregas)
  • Técnico: Josep “Pep” Guardiola
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Atualizado 2023

Você já imaginou uma equipe tocar a bola sem parar, sem pressa, de maneira quase perfeita, dominar o adversário e não deixá-lo jogar? Já pensou um time que tem mais de 70% da posse de bola, que marca golaços e que tem uma equipe recheada de craques que parecem jogar por diversão um futebol quase de outro mundo? E em uma equipe que conquistou, de 2009 até 2012, 14 títulos de alta grandeza, incluindo dois Mundiais, duas Ligas dos Campeões e três Campeonatos Espanhóis? É mágico e surreal pensar que um time desses existiu. O FC Barcelona 2008-2012 mostrou ao planeta que o futebol é simples e eficiente quando jogado com inteligência e precisão. A equipe catalã rechaçou que craque se faz em casa, que categorias de base são tudo na estruturação de uma equipe com identidade e amor à camisa e que as estrelas do time é o time em si, e não um ou dois jogadores. O fator conjunto nunca foi tão importante. E o espetáculo nunca foi tão bonito. Ver o Barcelona jogar virou entretenimento de primeira classe até mesmo para quem era avesso ao futebol. Contemplar e ficar estupefato com o primor de Xavi, Iniesta, Puyol, Villa e Messi, comandados do banco de reservas por Guardiola foi mesmo magnífico. É hora de relembrar.

Depois do ano mágico de 2006, quando venceu a Liga dos Campeões da UEFA depois de 14 anos, o Barcelona estava há três temporadas sem ganhar um título. A seca começou a gerar desconforto no clube, bem como ver o reinado na Europa passar pelas mãos de Milan, em 2007, e Manchester United, em 2008. O Real Madrid tinha suas habituais estrelas, mas não conseguia causar impacto como os ingleses, por exemplo. Até o Sevilla estava em melhores condições que os catalães, pois venceu duas Copas da UEFA no período, além de uma Supercopa da UEFA em cima do próprio Barcelona.

Esse incômodo fez o time passar a olhar com mais cuidado para La Masia, centro responsável por gerar os craques do time. A pessoa responsável por olhar mais atentamente para as bases do clube foi o ex-ídolo catalão na década de 1990 Josep Guardiola, que assumiu o time em 2008. Guardiola começou a política de utilizar jogadores formados na base do time e valorizar ainda mais as estrelas formadas em casa, assim como Johan Cruyff já havia feito no clube. Essa atitude seria, definitivamente, um divisor de águas na história do Barça para sempre.

Guardiola, a”.

Qual foi o melhor time do Barcelona de todos os tempos?

ESPN.com.br

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29 de dez, 2020, 10:26

Não faltaram grandes e vencedoras equipes na história do Barcelona. E talvez nem fosse preciso apontar uma ou dez equipes como as melhores, diante de tantos bons times.

Mas com o fim da década – em que pesem as controvérsias sobre se isso aconteceu em 2019 ou apenas agora – a tentação de revisitar o passado é grande.

E a revista FouFourTwo decidiu listar o Top 10 Blaugrana. Nos quais um nome desponta: Pep Guardiola.

Como técnico ou jogador, o hoje técnico do Manchester City aparece em nada menos que metade das equipes selecionadas pela publicação.

Veja o Top 10 abaixo:

  1. O Diez poderia ter passado com muito mais brilho pela Catalunha. Mas a falta de sorte, a hepatite, uma perna fraturada, o início do consumo de cocaína e muita indisciplina atrapalharam Diego por lá.
  2. Mesmo assim, Maradona teve tempo de ser aplaudido de pé por um Santiago Bernabeu lotado em um “El Clasico”, com esse time que não chegou a conquistar LaLiga:

Urruti, Sanchez, Miguel, Gerardo e Alberto; Victor, Schuster, Stephen e Alonso; Carrasco e Maradona

  1. Antes de virar sinônimo de ataque e ofensividade sem fim, o Barcelona do técnico Helenio Herrera, um argentino naturalizado francês, vencedor no Atlético de Madrid, desembarcou no clube para conquistar dois campeonatos espanhóis.
  2. Naquela equipe, brilharam nomes como o húngaro Kubala e Luis Suárez – o “primeiro de seu nome” a se destacar com a camisa do clube.

Ramellets, Gracia, Rodri, Segarra, Gensana e Olivella; Suarez e Verges; Martinez, Kubala e Villaverde

  1. Foi um ano fantástico no Camp Nou, com um time e comissão técnica recheados de estrelas. Comandada por Bobby Robson, que tinha como seu tradutor José Mourinho, aquela equipe tinha uma seleção em campo.
  2. E lá está ele: Pep Guardiola, com a faixa de capitão.
  3. Pena ter durado pouco nessa configuração, já que o técnico e Ronaldo Fenômeno saíriam ao fim da temporada.

Vitor Baía, Ferrer, Couto, Fernandez e Barjuan; Guardiola e Popescu; Figo, De La Penã e Stoichkov; Ronaldo

  1. Nasceu com essa equipe a mística do futebol mágico do Barcelona. Não era para menos: com Rinus Michels no comando e Cruyff no ataque, além de coadjuvates do peso de Rexach e Neeskens, não poderia haver outro modo de jogar.

Mora, Olmo, Costas, De La Cruz e Torres; Rexach, Carlos e Neskeens; Cruyff, Sotil e Pina

  1. Louis Van Gaal chegou ao Camp Nou com uma legião de compatriotas holandeses, mas quem realmente brilhou nesse time mais que qualquer outro foi o Bola de Ouro Rivaldo.
  2. Além de Guardiola, Luis Enrique também fez parte do meio-campo dessa equipe.
  3. Com esse time, o Barcelona venceu dois campeonatos espanhóis:

Hesp; Ferrer, Reizeger, Nadal e Bogarde; Guardiola, Cocu e Luis Enrique; Figo, Kluivert e Rivaldo

  1. A tradição holandesa no Barcelona ganhou mais um capítulo naquele triênio com Frank Rijkaard.
  2. Um time de reconstrução que foi o primeiro em que um jovem Lionel Messi começou a figurar – ao lado de ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho, escoltado pelos compatriotas Deco e Edmilson.
  3. Venceu duas edições de L.

Em que ano Pep Guardiola saiu do Barcelona?

Josep Guardiola i Sala (Santpedor, 18 de janeiro de 1971), também conhecido como Pep Guardiola, é um treinador e ex-futebolista espanhol que atuava como volante. Atualmente comanda o Manchester City.

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É o primeiro treinador a conquistar a chamada “Tríplice Coroa Continental da Europa” por duas equipes diferentes[1] e também em duas ligas diferentes,[1] além de ser o mais jovem treinador a vencer a Liga dos Campeões da UEFA. Guardiola é frequentemente considerado como o melhor técnico da atualidade e como um dos maiores treinadores de todos os tempos,[2][3][4] sendo finalista do prêmio de Treinador do Ano da FIFA por cinco vezes desde 2010, quando o prêmio surgiu. No entanto, faturou o prêmio apenas uma vez, em 2011.[5]

Guardiola também chama atenção por ser fluente em seis idiomas: catalão, espanhol, inglês, italiano, francês e alemão.[6][7][8]

Como jogador, Guardiola passou a maior parte da sua carreira no Barcelona, sendo um dos principais jogadores do chamado Dream Team comandado por Johan Cruijff, ganhando a primeira Liga dos Campeões da UEFA da história do clube e conquistando o tetracampeonato consecutivo do Campeonato Espanhol.[9] Pela Seleção Espanhola, disputou a Copa do Mundo FIFA de 1994, a Eurocopa de 2000 e os Jogos Olímpicos de 1992, competição esta em que faturou o ouro. Ele também disputou amistosos pela Seleção Catalã.

Como técnico, iniciou sua carreira no Barcelona B, ganhando o título da Quarta Divisão Espanhola em sua primeira temporada.[10] Na temporada seguinte, assumiu a equipe principal do Barcelona e conquistou a primeira tríplice coroa da história do clube (La Liga, Copa do Rei e Liga dos Campeões da UEFA) e, no ano de 2009, a primeira sêxtupla coroa da história do futebol.[11] Ao fazê-lo, se tornou o técnico mais jovem a vencer a competição continental europeia.[12] Após conquistar a Liga Espanhola e a Liga dos Campeões em 2011, foi agraciado com a medalha de ouro do Parlamento Catalão, a maior honra da instituição.[13] Ele deixou o Barcelona em 2012, tendo conquistado quatorze títulos, um recorde na história do clube.[14]

Após um ano sabático, Guardiola assumiu o Bayern de Munique em 2013.[15] No clube alemão, teve um aproveitamento de quase 80%, conquistou o tricampeonato consecutivo da Bundesliga e duas copas nacionais; além disso, chegou a três semifinais na Liga dos Campeões.[16][17] Ele deixou os bávaros e assumiu o Manchester City em 2016, com o projeto de levar o clube ao seu primeiro título da Liga dos Campeões da UEFA. Apesar de ter falhado na conquista continental em 2021, o espanhol já levou o City ao bicampeonato consecutivo da Premier League, ao tricampeonato da Copa da Liga e a um título da Copa da Inglaterra.[18]

Chegou ao Barcelona com 13 anos, permanecendo nas divisões da base até 1990, quando fez sua estreia no time profissional, contra o Cádiz.

Tornou-se titular a partir da temporada 1991–92, temporada em que a equipe, então comandada pelo treinador Johan Cruijf”.

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